A
energia elétrica tem um impacto direto na vida da população e também na
competitividade das empresas. Custos mais altos costumam pressionar a
produção, resultando em aumento de preço dos produtos finais para os
consumidores. Imagine a situação. O contrato de aluguel venceu e o
proprietário do imóvel está cobrando oito vezes mais pelo mesmo espaço. O
que fazer? Mudar é a resposta natural.
A indústria brasileira
passa por situação parecida em relação ao custo da energia elétrica, com
um agravante: não há para onde ir. Em dezembro do ano passado, o custo
médio da energia elétrica para a indústria passou de R$ 292,7 por
megawatt/hora (MW/h) para R$ 310 em maio e deve encerrar o ano ao preço
de R$ 342, de acordo com dados de um estudo feito pela Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
E a projeção em dezembro
de 2015 é que o valor seja aumentado para R$ 420. Ou seja, em dois
anos, o custo da energia para a indústria será ampliado em 44%. O
reajuste, provocado pela seca prolongada, deve colocar o Brasil no
indesejável grupo dos quatro países com a energia mais cara do mundo,
atrás apenas de Índia, Itália e Singapura. Atualmente, o país ocupa a
oitava colocação em um ranking com 28 países.
Mas o cenário ainda é
pior, uma vez que a pesquisa da Firjan leva em conta apenas os
consumidores industriais que adquirem energia no chamado mercado cativo
de energia, que é o mesmo em que estão os consumidores finais e onde os
reajustes de preços são controlados pelo governo, através da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No caso dos grandes
consumidores que optaram pelo chamado mercado livre de energia, onde a
negociação é feita diretamente entre empresas e produtores de energia, o
céu, que nesse caso nada tem a ver com a ideia de um paraíso, é o
limite.
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